domingo, 30 de setembro de 2012

Quando o Rei não quer adoração




Num país muito, muito distante e há muito, muito tempo atrás, houve um povo que amava muito seu rei. Ele era um bom rei, talvez o melhor de todos os tempos, e eles eram um povo muito bom e que tinha muito potencial. O rei tinha muitos planos para seu povo e pediu que eles fizessem algumas coisas. No início, todos do reino estavam empolgados e fizeram tudo que o rei pediu, mas depois de um tempo eles cansaram de fazer o que o rei pediu porque não viram muitos resultados e descobriram outras coisas que eles acharam melhores e que podiam ser feitas em nome do rei. Ao invés de trabalhar ou ir para a escola, eles dançaram e fizeram cânticos. O tema sempre era o mesmo; tudo era sobre o rei. Como eles amavam seu rei. Não tinha cânticos suficientes para cantar sobre seu rei. Nunca era demais cantar sobre ele.
Um dia o rei estava passeando no seu reino e, por onde ele olhava, via pessoas dançando e cantando sobre ele. O rei achou legal no início, até ver a bagunça que seu reino tinha se tornado. Nada estava no lugar certo e nada estava sendo feito do jeito que ele tinha pedido. E quando ele desceu do seu cavalo, ao invés de se prostrarem diante dele e beijar seu anel, as pessoas começaram a puxar suas mãos pedindo que ele dançasse com eles. Ele puxou suas mãos de volta e, irritado, foi à direção do seu castelo com uma promessa, que nunca ia voltar para aquele povo que não fez o que ele pediu e não tratava ele como rei, mas como uma pessoa qualquer. E, além disso, ele ia mandar uns dos seus soldados para ensinar a eles o que é reverência e obediência. Mas o povo não sabia nada disso, pois quando o rei saiu, eles não entenderam por que ele não ficou. Será que ele não gostou dos seus cânticos? Será que ele não gosta de dançar?
 E bem aí nós nos achamos hoje em dia na igreja. Uma igreja “apaixonada” pelo Rei, mas que não faz nada do que ele pede. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Uma igreja que vive na prática do pecado e não vê perigo lá, “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”, mas não
param de cantar. Uma igreja que é mais amiga do mundo hoje do que ontem. “Gente infiel! Será que vocês não sabem que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus? Quem quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus”.

 “Mas, nós temos nossa adoração íntima e isso resolve tudo”.

Meu amigo, Deus não está interessado em nossa adoração enquanto nós não obedecemos a Sua palavra. Deus não está interessado em nossos cânticos de paixão por Ele enquanto vivemos transando com os nossos amantes desse mundo.


“Grite alto, não se contenha! Levante a voz como trombeta. Anuncie ao meu povo a rebelião dele, e à comunidade de Jacó, os seus pecados. Pois dia a dia me procuram; parecem desejosos de conhecer os meus caminhos, como se fosse uma nação que faz o que é direito e que não abandonou os mandamentos do seu Deus.”
                                                                                                                      Isaías 58: 1 e 2a

Texto de Jeff Fromholz

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Abra mão



“Jesus entrou em Jericó, e atravessava a cidade. Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos publicanos. Ele queria ver quem era Jesus, mas, sendo de pequena estatura, não o conseguia, por causa da multidão. Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: ‘Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje’. Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria. Todo o povo viu isso e começou a se queixar: ‘Ele se hospedou na casa de um ‘pecador’ ‘. Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: ‘Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais’. Jesus lhe disse: ‘Hoje a salvação entrou nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o Filho do homem veio buscar e salvar quem está perdido.” Lucas 19:1-10


            Não fazia nem uma hora que Zaqueu havia tido um encontro com Jesus e já estava dividindo seus bens com os pobres e se arrependendo dos pecados e reparando os erros. Ele havia acabado de conhecer o Deus Homem e a vida dele já mostrava frutos de arrependimento(Mt 3:8). As pessoas criticaram, olharam com rabo de olho e se magoaram porque elas talvez fossem muito santas e o Santo não quis se hospedar na casa delas e sim na casa daquele “pecador”. Jesus vem nos mostrar com isso que todos somos iguais e que Ele não faz distinção, porque Ele conhece o coração de todos. Ele sabe a maldade e a vontade que habita dentro de cada um e por isso mesmo Ele sabia que aquele havia sido o momento escolhido pelo Pai pra transformação daquela vida e consequentemente, da sua família (v.9).
            Jesus chamou e Zaqueu simplesmente foi. E foi tão real e tão intenso que causou uma mudança tão rápida. Nós, muitos com anos de Igreja, com não sei quantos versículos decorados, com a bíblia lida inteira umas três vezes, não conseguimos entregar tudo o que Zaqueu entregou. Não conseguimos desgarrar de coisas tão simples e menores do que aquilo que imediatamente Zaqueu quis largar. Ele logo identificou a raiz do que o afastava de Deus e tratou de se desfazer daquilo o mais rápido possível. Mas e nós? Tantas vezes percebemos erros gigantescos, outros nem tão grandes assim, e não temos coragem de abrir mão, de se deixar ser moldado, ser transformado e de ouvir Jesus dizer: “Hoje a salvação entrou nessa casa!”. Porque a salvação entra quando o Espírito toca e somos convencidos do pecado; mas depois disso, é necessário haver um abandono do pecado e uma mudança de vida.
Está disposto?