Há muito tempo eu vinha pensando sobre qual era a diferença que existia entre aquele filho de Deus que faz o bem e aquele que não O conhece e que também tem boas práticas. Essas boas práticas, mais especificamente na área do ajudar ao próximo. Eu via e vejo exemplos claros de pessoas que não seguem a Cristo, mas que ajudam e fazem o bem ao próximo, e também percebo mega exemplos de pessoas que seguem a Ele e que fazem as mesmas atitudes. E o mesmo pensamento sempre voltava em minha mente: O objetivo. Às vezes você pode se perguntar “Pra quê fazer o bem, em nome de Cristo, se as pessoas que nem crêem nEle fazem o mesmo?” Bom, aí é que justamente entra a história do objetivo. Nós, como cristãos, fazemos o bem não só por fazer, não só porque nos sentimos bem ou porque é legal. Nós fazemos (ou pelo menos deveríamos) fazer o bem por amor. Não o amor que o mundo diz não, mas amor por Deus. Aquele amor que bate no coração em forma de agradecimento a Ele, por tudo o que Ele é e faz. Sabemos pela Palavra que tudo o que fazemos deve ser para glorificá-Lo, então o ato de ajudar ao próximo, além de ser um mandamento, de ser praticado para demonstrar amor a Deus, também é um ato de glorificação a Ele! E depois disso tudo, vem o amor ao nosso próximo, o saber que Jesus fica feliz com nossa ação e a satisfação em que se recebe após ver o sorriso agradecido de alguém e mais do que isso, a certeza no coração de que Deus está feliz conosco.
Então, o que diferencia o ato do cristão verdadeiro, dos outros que fazem o mesmo é o foco. Sem contar, que ajudando alguém que não conhece a Cristo, ela irá perceber que além de sua atitude filantrópica, terá um outro motivo.. e então dá-lhe a mensagem da Cruz e o amor de Cristo! Que afinal, é o objetivo de toda boa ação na vida do cristão: fazer Deus e Seu amor conhecidos.
Hoje passei por uma situação em que pôs em cheque justamente o meu foco em ajudar o próximo. Estava no mercado e um menininho se achegou de mim, pedindo para que eu comprasse um iogurte pra ele. Bom, eu nunca havia passado por essa situação antes, mas o que me veio na cabeça foi “Pode escolher qual vc quer!” a partir daquele momento eu fiquei tão mexida, que nem terminei a compra, pedi pra que ele pegasse um biscoito e fui pagar a conta. Pedi pra que ele não se afastasse de mim e fui perguntando se ele havia comido hoje, se em sua casa faltava comida e com um olhar tão aflito ele ia me respondendo que às vezes falta comida em sua casa, que ele tem mais 6 irmãos e etc.. enquanto ele me esperava pagar a conta, me veio a mesma questão daí de cima na cabeça “qual o objetivo?” e me veio uma paz tão grande, por saber que o objetivo ali, antes de ajudá-lo, era o de glorificar o nome do Senhor, porque Ele havia me dado a oportunidade de ajudar o próximo e de poder viver o amor que eu tanto leio, escrevo e falo. Agradeci, porque o meu foco naquele momento era o amor, primeiramente o amor pelo Pai, o amor em forma de agradecimento e depois o amor pelo próximo. Anotei o seu endereço, fiz mais perguntas sobre sua situação em casa e me apertava o coração ver seu olhar aflito, seu jeitinho de criança ao pedir... Chegando em casa contei o acontecido a minha mãe e ela soube me dizer quem o menino era, por estudar na escola em que ela trabalha. Pelo que ela disse, a família tem bolsa escola e tem uma certa fama de “pedir”.. mas, e eu com isso? Eu pretendo visitá-los e no que depender de mim, ajudá-los conforme a suas necessidades. Tendo em mente que eu não tenho que julgar ninguém, pois o objetivo é mostrar aquelas pessoas um Jesus diferente do que elas já ouviram falar, e não só uma cesta básica. Pois a mensagem da cruz vem por diversos meios, não importando qual, desde que glorifique ao Senhor!
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus."
1 Coríntios 10:31
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