“Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as
contribuições, e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de
ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias. Então, uma viúva pobre
chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor.
Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: “Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de oferta mais do que
todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu
tudo o que possuía para viver.”
Marcos 12:41-44
Há algum tempo eu vinha querendo falar do coração. Pensei em
vários versículos, mas pedi pro Senhor me direcionar a um, e lendo Marcos me
deparei com essa situação que nos fala muito sobre onde está o nosso coração. E quero compartilhar algumas coisinhas
que venho aprendendo e que aprendi com esse texto de hoje.
Nessa passagem, o que mais me chamou atenção, é que a
questão toda está no coração. É dele que procedem as fontes da vida (Pr 4.23) e
por isso a importância de sabermos onde nosso coração está. Você já se
perguntou isso? Já sentou você, Deus e seu coração para acertarem algumas
coisinhas? Não? Que tal fazer isso hoje?
Muitas vezes fazemos várias coisas em que estamos mais
concentrados no próprio ato de fazê-las do que em como estamos fazendo. E é aí que entra a questão do coração.
Porque a viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros?
Porque a diferença estava no coração dela. Ela entendeu que o que importa é
como nós fazemos e não o que fazemos. As outras pessoas entregavam suas ofertas
como algo que era normal a elas fazer; estava sobrando!
A dinâmica do Reino é essa: ou você dá tudo ou você não dá
nada. É 8 ou 80. Morno, em cima do muro não serve, lembra? (Ap 3:15-16).
A viúva depositou mais porque ela depositou com o coração, ela não sentiu
vergonha ou disse “é pouco demais”, ela resolveu entregar não as primícias, mas
tudo. E isso alegrou o coração de Deus e deu pra ver claramente que é porque
ela percebeu que Deus não tá ligando pro que a gente faz e pra sim, como a
gente faz. Eu posso participar de uma campanha em que 900 pessoas se convertam,
mas se a intenção do meu coração não for amar aquelas pessoas e glorificar a
Deus, Ele não vai aprovar a ação. Da mesma forma que eu se eu ajudo uma velhinha
a atravessar a rua, mas com amor no coração, Ele vai se agradar daquilo.
Entende como é muito mais real do que possamos imaginar?
As outras pessoas contribuíram também, não contribuíram? e
pra quem olha por cima, até muito mais do que aquela mulher, mas o Reino é para
aqueles que dão tudo e não o que sobra… Jesus conhece nosso coração e a nossa
mente, e os sonda para ver o que está dentro deles, por isso que a importância
de saber o que está em nosso coração e como ele está quando realizamos nossos afazeres
tem muito valor.
“..Então todas as igrejas saberão que eu que eu sou aquele
que que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês de acordo com
as suas obras.” Ap 2:23b
Isso também pode ser trazido para a nossa realidade de
serviço e ministério. Quantas vezes não nos movemos, realizamos e fazemos
muitas coisas, as vezes porque gostamos da obra, outras porque queremos nos
distrair ou porque não temos mais nada pra fazer; e ainda existem momentos que
estamos tão envolvidos com os nossos projetos, que não temos tempo para sonhar
os projetos de Deus e portanto, damos somente o que nos sobra para Deus e sua
obra. Em qualquer um dos exemplos, agimos em total desconsenso com o que Jesus
deseja. Porque se eu não sirvo a Deus em casa, na escola, no trabalho, na
faculdade, na igreja e etc, com todo o meu coração e me importando mais em como
estou fazendo do que no que faço de fato, eu não posso agradar a Jesus. Porque?
Porque aí eu passo a dar o meu resto, e definitivamente, Jesus não precisa
mesmo de mim pra nada, mas Ele resolve me usar, então, com todo temor e tremor,
ou eu entrego TUDO a Ele, ou eu vou ser vomitada, mais cedo ou mais tarde… (Ap
3:16)